domingo, 13 de dezembro de 2009

As lágrimas ardem

Embora eu já não saiba o meu paradeiro
Embora a vida me prenda com seu arreio
Me arrepio os pelos do braço
Quando abraço um beijo
Se mordes meus lábios insanos de desejo
Eu digo adeus a mim mesmo
Pois quando foste embora de mim
Embora eu soubesse que era o meu fim
Te trouxeste aqui comigo
Todos os dias da minha existência
Cada passo dado na eternidade
Eu te esperaria para outra vida
E se é carência ou saudade – eu não sei.
Pelo que me disse a lua
Sua voz não é muda
Sussurre mais uma vez tuas palavras de amor no meu ouvido
Que eu me curo.
Onde está você agora?
Eu me curo.
Eu chorei essa noite
Eu chorei essa tarde
Eu chorei esses dias
E as lágrimas ardem.
Quando olharei novamente teus lábios entreabertos
Bem leves
Enquanto leve te penetro a alma?
Embora a vida me prenda com seu arreio
Queria me desprender do mundo
E voar e no fundo
Voltar de onde tudo veio
Pois escolhi o céu
Para a minha centelha.
Embora eu saiba
Mas não admita
A vida não me odeia
E seu eu faço minha própria saída
Meu poema me rodeia
E com os versos na instante
Liberto minha alma
E sussurro como um alto falante.

Aracaju, 13 de dezembro de 2009 – 02:39 AM
Bruno Alvaro

Um comentário:

G. Alvaro disse...

Rapaiz, bom pra musicar, esse negócio...

qq c acha?