quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Hora do balanço: balançou?

Semanas e semanas corridas – e a correria há de continuar até o recesso de natal, quando, enfim, poderei rever minha família. Mas no fim do corredor já dá para fazer um balanço desses seis meses longe do Rio de Janeiro.
Fuçando as coisas: papéis amarelados, sons e cheiros, encontrei numa pasta perdida no computador uma série de vídeos e fotografias de quando vim prestar concurso para a Universidade Federal de Sergipe. A história, acredito que já contei por aqui. Mas há um outro lado...
Quando peguei o avião para Aracaju – eu nem lembrava disso até ver a fotografia em questão – saí com duas malas de casa. O que me chamou atenção hoje no remoer da memória, é que uma delas era apenas de livros, eu falarei mais sobre isso a seguir. Vai um copinho de cerveja?
Os vídeos que registrei são engraçados, pensei comigo: “farei um documentário sobre minha aventura” – não, eu não pensava em ser aprovado, queria apenas testar meus conhecimentos adquiridos na graduação e no mestrado, já que acabara de entrar no doutorado e pretendia, com a bolsa da Capes que eu havia conseguido, fazer um curso mais tranqüilo do que foi o de mestrado, talvez, um sanduíche na Espanha ou coisa do tipo. Os vídeos serviriam então como registro da aventura e uma forma de escape para a pressão que vinha de fora.
Semana passada, recebi aqui em Aracaju duas pessoas importantes na minha formação acadêmica, meu primeiro orientador, Marcus Cruz, e minha orientadora no mestrado e no doutorado, Andréia Frazão. Foi uma experiência nova, eu os recebi não como meus professores, mas como colegas de profissão! Talvez, tenha sido esse um dos momentos mais importantes da minha carreira acadêmica e, com certeza, nunca esquecerei!
Quando revi os vídeos hoje, lembrei das palavras de incentivo dos dois quando vim fazer as tais provas de títulos apenas para tentar, enquanto eles e outras pessoas achavam que eu iria conseguir. Na mala, diversos livros clássicos de História Medieval. O interessante, é repensar naqueles dias que caminhei só por umas ruas da cidade, meio perdido, meio achado, ou pensar nas pessoas que conheci naqueles dias e acabaram se tornando meus amigos.
O engraçado é pensar que agora estou aqui olhando um céu azul de doer os olhos, avaliando a saudade, buscando o sentindo do por que querer saber de mais nessa vida. Por que querer saber demais?
Há oito meses eu saia de casa com as tais duas malas, dois meses depois, saí de casa e me mudei pra cá, ontem lá, hoje aqui... amanhã?


Um comentário:

Anônimo disse...

"A sorte favorece a mente bem preparada" (em tempo: não acredito em sorte. Mas a frase estimula boas reflexões, né).
Paz!
Pv. 16:9