terça-feira, 15 de julho de 2008

Síndrome do herói solitário

Imagem retirada do link: http://charges.uol.com.br/bobagens_ver.php?bobagem_pk=1272


Lá vai o herói, solitário. Lá vai o herói solitário. Ele é igual a nós. Mas não sabe. Tem que se martirizar. Espera sua canonização. Talvez, o reconhecimento por sua simples bondade. Ele é tenro e saudável. Não faz mal nenhum àqueles que lhe fazem o mal. Lá vai o herói solitário.
O herói solitário pode ser conceitualizado como um ser simples, desprovido de maldade no coração, alguém que não se vinga, omite palavras que podem machucar qualquer alguém, não busca a verdade, não remói o passado. Enfim, esse é o herói solitário. Ele é a prova da “tese do herói solitário”.
A tese é bem simples. Não há complexidades na tentativa de entendê-la, nem mesmo em confirmá-la: lá vai ele, solitário.
Espera de todos, aceitação. Tem o mundo em suas mãos. Mas almeja, no fundo, a canonização. É uma coisa meio sonora. Meio “Cara estranho” (*)
Acha que deve passar pelos espinhos do mundo sem reclamar. Prefere os suplícios da vida. Prefere beber água do mar. Desenvolveu aos poucos o dom de medir as palavras. É sábio. Sabe o que diz. Segue, com o tempo nublado, feliz.
De sol em sol almeja nos sonhos alcançar seus objetivos. Uma topada em pedra: um palavrão contido.
É um poço de fé e humanidade. O herói solitário não é percebido pela cidade. Às vezes se auto ignora para fazer o “outro” feliz.
Triste tese. Triste herói. Não sabe que o no caminho da vida, no fundo, no fundo, estaremos sempre a sós.



(*) Música composta por Marcelo Camelo e presente no Cd Ventura do Los Hermanos.

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