sexta-feira, 27 de junho de 2008

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Crônica Urbana? Ou “Paumolecenssa” do Enfraim?

É, eu sei, é inevitável. Impreterivelmente, eu, você e todo ser vivo na face da Terra, nos depararemos em algum momento de nossas vidas com seu oposto – o oposto da vida – a morte.
Ainda não fiz meu mapa astral, mas um amigo esotérico comentou, mais ou menos, que sou Câncer com ascendente em Câncer. Realmente não sei o que isso quer dizer ou de que maneira isso influencia as possibilidades de sonhos e realizações que construo para o meu incerto – ou certo, se pensarmos no fim que é a morte – futuro.
Pelo que consta nas memórias maternas, e comprovadamente em Registro de Nascimento emitido pela República Federativa do Brasil, nasci num dia 18 de julho de 1983 – este ano, 2008, completo 25 anos “de sonhos e planos e de América do Sul” –, às 6:20 da noite. Nesse quesito, confesso que não fui até o Registro para me certificar se foi às 6:20 da noite ou da manhã, o que importa? Sei que chovia, fazia frio e meus pais moravam num sítio em Mesquita, na época Distrito de Nova Iguaçu, mas o que importa? Meu parto foi normal e conduzido por Fernando Gonçalves, futuro Deputado Federal quase cassado quando estourou uma das muitas CPI’s no Congresso, acho que a dele foi a das Ambulâncias. E o que importa? Ontem recebi uma ligação eletrônica do Sr. Ex.mo. Dep. Federal Fernando Gonçalves. Desliguei. O que me importa o que ele tem a dizer?
A Maternidade São José, que era uma pequenina casa. Virou um Hospital Escola, administrado pela Unig, Universidade de Nova Iguaçu, foi fechado durante muito tempo... A Unig vendia entradas para o Vestibular de Medicina. São José virou um matadouro. Mas mesmo assim muito mesquitense que conheço nasceu ali. Alguns outros que não conheci, morreram. Foi reaberta. Municipalizada. Mesquita é um Município há, aproximadamente, 10 ou 11 anos. Não sei. Não importa. Pois quando há festas de comemoração no Parque de Exposições, não vou. Fui uma vez. Não gostei. Gosto de Mesquita. Ainda moro em Mesquita.
Estudei quase toda minha vida no Colégio Machado de Assis. O colégio era um dos melhores de Mesquita (ou Nova Iguaçu, na época). Era um colégio privado. O que importa? Talvez, não devesse ser assim. Há uns três anos ele faliu. Foi também municipalizado. Que bom.
Mas daí você se depara com o que é inevitável. Tem gente que me acha frio. Frio é Mesquita em dia de inverno real. Tem gente que me acha esquisito. Esquisito é Mesquita não ter lixeiras nas ruas e apenas na Praça Elizabeth Paixão. Tem gente que me acusa de elitista. Elitista são os mesquitenses que moram na rua do antigo Correios. Mas isso não é real. Pois todos nós nos depararemos com a realidade de sermos subjuntivos, apenas isso. Vai ver que é porque Deus amou o mundo de tal maneira... Ou, talvez, tenha sido porque o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Mas o que importa? Moramos numa cidade. Moramos em cidades, com bancos, praças públicas com bancos e blocos de carnaval.
Mesquita é uma cidade que pode ser encontrada no mapa. Mesquita tem um Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro. O Vigésimo do Estado. Mesquita já tem Milícia.
Mesquita, assim como toda a Baixada Fluminense tem sua história ligada ao chamado Ciclo da Laranja – houve um ciclo da laranja no Rio de Janeiro. Mesquita tem apenas um puteiro, que guarda a lenda de uma puta com um braço só. Mesquita tem aproximadamente 15 pontos de tráfico de drogas e umas 40 bocas de fumo. Mas Mesquita tem um Parque Municipal com belas cachoeiras. Mesquita é todo cercado por uma Mata ainda virgem em alguns pontos. Está crescendo uma favela acima da minha rua. Já há uma pequena favela acima da minha rua. Minha rua foi asfaltada e saneada há um ano. Eu acredito no PAC. Os elitistas não. Eu acredito no Lula. O que importa?
Na Chatuba, um bairro de Mesquita, há constantes tiroteios, bem parecido com a Chatuba da Penha. Mesquita não aparece na tevê. Não chegam repórteres da Globo aqui. Que bom.
Não compro jornais. Leio toda manhã antes de ir dar aula o site do Paulo Henrique Amorim e o do Luiz Carlos Azenha. Acredito como eles que exista o PiG (Partido da Imprensa Golpista). Este texto é influenciado por essas leituras matinais. Mas o que importa? Eu vou morrer mesmo.
Mas antes, queria escrever um poema. E o que importa?

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Algumas belezas da vida...

Dentro de todas as possibilidades que a vida nos dá, há os desvios. E estes desvios, às vezes, podem ser bons, ou não. Mas em tudo e para tudo há um sentido de desvio. Por exemplo, a felicidade. Sentimento estonteante motivado por vários "sei lá o quê...". Mas nisso tudo há os contrários, o contrário, para a felicidade: tristeza.
Para muitos ser triste é muito triste - não discordo -, mas há de sentir que devemos encontrar um ponto, um desvio, na verdade, positivo para tudo. Meu desvio positivo para a tristeza - a natural ou a gerada por algo ou alguém, ou o próprio organismo - é que com ela, com ela, dou mais valor... A felicidade que todos nós buscamos.