quinta-feira, 29 de maio de 2008

Por que o passado dos outros me atormenta?

Talvez porque eu queria ser uma pessoa só.
Talvez porque eu realmente nasci para viver a História.
Talvez eu tenha um sério problema psicológico que deva ser tratado urgentemente.
Talvez eu saiba que serei para sempre sozinho mesmo ao lado de qualquer pessoa.
Talvez eu seja depressivo e precise urgentemente de remédios anti-depressivos.
Talvez eu não queira ter filhos.
Talvez eu queria morrer jovem.
Talvez eu não goste do passado.
Talvez eu queira que tudo fosse uma única só vez.
Talvez eu queria que tudo fosse um única só primeira vez.
Talvez eu me complete sozinho.
Talvez eu seja cheio de talvez.
Talvez eu não saiba.
Mas acho que fiz um poema.
Acabei de sorrir...

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O escriba II

Sei lá, acho que é a quarta antologia que participo... A primeira de crônicas. Especificamente, foram duas de contos, uma de poesia e essa, a tal de crônicas. A questão é complexa. Na primeira, participei, talvez, por mérito meu, ou interesse do editor. Recebi um e-mail me informando que haviam lido um conto meu na Internet intitulado O quarto e queriam publicar. Repudiei, mas aceitei. Porra, me chamavam de poeta, poetinha, por que não ter, enfim, um conto publicado? A ausência da pressão acadêmica também me incentivou muito nessa empreitada, digamos, artística.
Aí publicaram no Folhas ao vento o tal do conto O quarto. Aí enviei um outro para a editora e foi assim publicado na antologia Retalhos o conto O livro enfim publicado. Por fim, escrevi uma poesia chamada A minha poesia que também foi publicada. Texto chato esse né? Também acho. Por isso, quando eu olho esses livros me dá um enjôo fodido. Mas estamos aí...
Esse último, na tal antologia de crônicas, que intitulei de Livros, na minha opinião, nem é uma crônica. Mas acho que os caras da editora, ou acham que eu vendo muito livro, ou falta autores para venderem livros para eles, que resolveram publicar esse meu conto/crônica/poesia...

Ou o editor é burro e extremamente capitalista ou eu estou me sentindo bom demais de uns tempos para cá!


Acreditem, a primeira opção é a mais provável!

Beijundas

Ps. Mas quem quiser dar um apoio, o livro está sendo vendido na Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br) e o título é Retratos Urbanos.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O Escriba

Toma uma caneta e anota. Anota aí. Não! Aí. É, porra, aí...
Vai, fala! Fala. Pode falar, ninguém irá te repreender...
Ali! Ali! Viu?
Passou...
Vai fala. Fala aí... Poxa, fala aí! O quê? É?
Puta que pariu! Mentira!?! Jura?!?
Mentira!
Porra, fala aí o que você acha! O que você acha?
Ali, ali, ali... Viu?
Porra, não viu?
- Todos mentem.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Sem título e sem data...

Eu seria a resposta. Cada pergunta em cada casa. Eu seria a resposta. Cada medonho verso em verso metrado - eu seria fechado. Eu seria a resposta de um fim de tarde, ou não. Do sol. Eu teria a pergunta, então. Da chuva, do frio, do vento, do cio. Eu seria a resposta, enfim, se você olhasse para mim e, eu teria a pergunta, assim:
- O que você vê quando olha para mim?





Não tenho a mínima idéia de quando escrevi isso, mas, no arquivo que achei vinha acompanhada da música "Blowin'In The Wind" (clássico escrito por Bob Dylan). Talvez, na época que escrevi, eu estava refletindo sobre algo que realmente não me lembro...

domingo, 4 de maio de 2008

Pobreza versus nem sei mais o que...

Interessante, sempre que entro na internet, tenho por costume ver as notícias do dia, sejam elas as mais supérfluas ou pertinentes. Sempre dou uma olhada nas chamadas das matérias e algumas saltam meus olhos pelos títulos... o que vi hoje, foi tão esdrúxulo que me inspirei a escrever sobre: “50 Cent é assaltado durante show em Angola”.

Rapaz, não tenho nada contra aos amantes do Hip hop, considero uma manifestação cultural muito legal. Aqui no Rio de Janeiro, no Brasil em geral, temos ótimos rappers como o MV Bill, por exemplo. Mas pelo pouco que sei, nos EUA, os cantores de “rip rop”, são ligados à marginalidade, fazem um “tipo homem-mau”, etc...
Mas o que mais me deixou intrigado é o seguinte: De maneira geral, não muito diferente do Brasil, os cantores vêm de uma situação financeira baixa, muitas vezes miserável, lógico que mantendo as devidas distancias entre a miséria brasileira e a americana, mas, no fundo, miséria é miséria em qualquer lugar. Devemos levar em consideração, ainda, o fato da extrema segregação racial nos EUA, etc e etc.
Então, a matéria é mais que supérflua. É curiosa.
O tal 50 Cent, nome que não explicarei a etimologia que me deram, foi fazer um show na Angola, país pobre do Continente Africano, colonizado, assim como nós, pelos portugueses, país que, aliás, tem estreita relação cultural e, por que não?, de DNA conosco (eles cederam aos sedentos senhores de engenho milhares e milhares de escravos e escravas no período colonial/ imperial).
E, não pasme, talvez, pasme por ter acontecido no palco, foi assaltado! Sim! Foi assaltado em pleno decorrer do show! Hilário, não? Sim, se tivesse acontecido no Japão, em Ibiza ou na Ilha de Caras...
Amiguinhos, aconteceu em Angola! O show fazia parte de um tal de “Festival Internacional pela Paz”, e Angola, além de ser pobre e fodida, também vive com em guerrinhas civis!
Ou seja, o show do cara é caro, estilo “Cruzeiro com Roberto Carlos” ou “Bob Dylan no Brasil”, mas não confundamos os estilos, apesar, se não me engano, o Kingui brasilenho das coroas ter feito um repe já!
Agora pensa, pensa comigo, você pensa, não pensa? Então, pensa comigo... O cara me sobe no palco, pela foto, sem muita segurança, etc, com um cordão de ouro que deve pesar uns 600 gramas, e deve ser ouro puro, 24k, sei lá, tipo, o mais puro... o que fizeram? Porra, o que você faria? Pensaria, “o cara tem grana, eu não... minha família tá passando fome aqui...”. Aí concretiza o que pensou: sobe no palco e rouba o cara!
E foi o que aconteceu... Aff. Sem comentários!